Condições de iluminação dos hologramas

Normalmente, os hologramas de reflexão são iluminados pela frente, com a luz pontual, vinda de cima, incidindo sobre a placa num ângulo igual ao do feixe de referência usado no registo, para que o holograma seja visto com a máxima eficiência, cumprindo a condição de Bragg.

Devido à proximidade com o ângulo de Brewster, que para o vidro é 56°, convencionou-se, entre os práticos da holografia de imagem, que o ângulo mais apropriado para a iluminação dos hologramas deveria ser 45°. Além disso, devido ao estudo da Teoria das Sombras, com que os artistas estão familiarizados, há a convicção de que este ângulo proporciona a melhor leitura do holograma, dado que se evita a sombra da cabeça do observador sobre o holograma, o que impediria a sua visão.





Fig. 1- A luz, vinda de uma fonte de luz tubular, incide na placa holográfica segundo vários ângulos, sendo depois reflectida e permitindo que todas as cores sejam vistas ao mesmo tempo.  



Esta convenção também facilita, a quem está a montar exposições de holografia, encontrar um ângulo idêntico para a iluminação de hologramas feitos por diferentes pessoas e em diferentes lugares do mundo.
Porém, os hologramas multicoloridos do tipo dos realizados pelo procedimento de pré-inchamento da emulsão, não ficam perfeitamente iluminados, ao serem reconstituídos com luz pontual. Isto é, não podem ser vistas todas as cores ao mesmo tempo.
Como no registo, devido ao pré-inchamento da emulsão, há um ângulo de Bragg para cada cor registada, na sua reconstituição é necessário que a luz incida no holograma segundo diferentes ângulos, para que a leitura das diferentes cores se faça ao mesmo tempo.
O problema pode ser resolvido pelo uso de uma fonte tubular, em vez de uma fonte pontual, para a iluminação dos hologramas, pois permite que todos os comprimentos de onda sejam reconstituídos e visíveis ao mesmo tempo.